quarta-feira, 26 de junho de 2013

Biblioteca Portuguesa de São Paulo é considerada de utilidade pública



             Essa foi a notícia sensação publicada no Diário da Noite, de 12/1/1934. A capital bandeirante passou a contar desde então (e atualmente também) com mais uma biblioteca de rico acervo:
            "A Biblioteca Portuguesa de São Paulo constitui um dos mais expressivos patrimônios da colônia lusitana desta capital. Fundada pelo Clube Português, a que pertence, conta apenas dez anos de existência e numerosas obras raras, de grande valor para estudiosos e bibliófilos. É uma das mais ricas e talvez a mais completa das bibliotecas particulares da capital.
            Não cogitaram seus organizadores de adquirir apenas obras portuguesas.
            Embora a biblioteca possua coleções completas dos maiores autores portugueses, a começar nas trovas e cantares acompanhando, século por século, a expansão do pensamento e das formas literárias em Portugal, os grandes autores estrangeiros encontram-se ali também, em edições, por vezes, ricas e raras. Assim acontece com Cervantes, La Sage, Ariosto, Dante, Petrarca, Rabelais, Ronsard, Shakespeare, cujas as obras se acham reunidas em edições de luxo.
            Em 1930, o Clube Português resolveu tornar pública a frequência da sua rica biblioteca. Depois das 14 às 16 horas, a toda pessoa que quisesse consultar os seus volumes bastaria tomar o elevador do clube, que a conduziria ao 3º andar, onde se encontra instalada a biblioteca.
            A dificuldade de se encontrarem em São Paulo as obras mais recentes dos escritores lusos de renome, bem como as edições de Coimbra, de poetas e cronistas anteriores a 1600, fez com que começasse a frequentar a Biblioteca Portuguesa de S. Paulo elevado números de estudiosos.
            E agora, o governo português, em face do sucesso alcançado e premiando o esforço despendido, acaba de considerar a Biblioteca Portuguesa de São Paulo de utilidade pública.
            E essa designação constitui o melhor prêmio e muito concorrerá para ao desenvolvimento da biblioteca, pois, de acordo com as leis portuguesas, de todas as publicações feitas na antiga metrópole deverá ser enviado um exemplar".

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