sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Cedros do Bussaco no Parque Jardim da Luz


Os cedros do Bussaco do Parque Jardim da Luz, em São Paulo, tem uma história fascinante. Foram plantados em 15 de setembro de 1910. Trazidos de Portugal pelo Prof. Dr. Egas Muniz, um presente dos estudantes de Coimbra para os estudantes paulistas da Faculdade de Direito do Largo São Francisco. Cerca de uma década depois do plantio, foi colocada uma placa explicando também que os cedros do Bussaco é um simbolo da Batalha do Bussaco.

A Batalha do Buçaco (ou Bussaco, de acordo com a grafia antiga), foi uma batalha travada durante a Terceira Invasão Francesa, no decorrer da Guerra Peninsular, na Serra do Buçaco, a 27 de Setembro de 1810. De um lado, em atitude defensiva, encontravam-se as forças anglo-lusas sob o comando do Tenente-general Arthur Wellesley, primeiro Duque de Wellington. Do outro lado, em atitude ofensiva, as forças francesas lideradas pelo Marechal André Massena. No fim da batalha, a vitória mostrava-se nitidamente do lado anglo-luso.

Portanto, os cedros do Jardim da Luz completaram em 2013, 103 anos. Cresceram entrelaçados, demonstrando a amizade que une Brasil-Portugal. Abaixo, alguns flagrantes dos cedros em fotografias tiradas em dezembro/2013.





 Crédito: fotos de Thais Matarazzo.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Mensagem natalina do Depto Cultural




Desejamos a todos os amigos um Feliz Natal!!!

Que os nossos corações estejam plenos de esperança e que as nossas almas nos movam sempre em direção ao bem comum. Que o amor nos ilumine, que cada gesto e cada uma das nossas palavras tenham o...
dom de nos trazer paz e felicidade.

Que o Natal nos inspire na busca da harmonia e da paz. Que este espírito prevaleça sobre o mal e nos ajude a promover a concordância e a aceitação entre todos os seres humanos.

Maria dos Anjos Oliveira
 Depto. Cultural do Clube Português de São Paulo

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Homenagem da Câmara Municipal de SP a antigo presidente do Clube Português



Diploma simbólico do vereador António José de Freitas, entregue a Diretora Cultural do Clube Português, Maria dos
Anjos Oliveira em 


No dia 9 de dezembro, às 19 horas, no Plenário 1° de Maio, da Câmara Municipal de São Paulo, 42 vereadores que foram cassados por perseguição política entre os anos de 1937 e 1969 tiveram os mandatos restituídos simbolicamente, durante a Sessão Solene presidida pelos únicos cassados ainda vivos, Moacir Longo, de 84 anos, e Armando Pastrelli, de 95. Ambos tiveram subtraídos os direitos políticos em 1964 e 1937, respectivamente.
O vereador Gilberto Natalini (PV), presidente da Comissão Municipal da Verdade Vladimir Herzog, sugeriu o projeto de resolução que restitui os mandatos. “É uma correção histórica. A Comissão da Verdade busca a Justiça, corrige os erros e cultiva a memória. A restituição simbólica dos mandatos é uma correção histórica aos vereadores que não puderam exercer seus mandatos por perseguição política”, afirmou Natalini.
Os mandatos dos vereadores Natalini (PV) e Orlando Silva (PCdoB) receberam a tarefa de localizar os 42 vereadores cassados entre 1937 e 1969. A equipe do vereador Natalini foi responsável por buscar 27 vereadores cassados em 1937 e de 1961 a 1969. Décio Cursi localizou um vereador vivo, o senhor Moacir Longo, e os familiares de outros 21 parlamentares cassados. No caso do vereador Dr. Antônio José de Freitas, que não foi empossado em 1937, não foram localizados parentes, mas como ele foi presidente do Clube Português de São Paulo, a atual Diretora Cultural da entidade, Maria dos Anjos Oliveira, foi receber o diploma simbólico em sua memória.
Maria dos Anjos Oliveira esteve presente a Sessão Solene e recebeu o
diploma simbólico do vereador, não empossado, António José de Freitas
Antônio José de Freitas foi presidente do Clube Português de 1951 a 1956. Deve ter sido o primeiro brasileiro a comandar esta entidade.
Freitas nasceu em Formiga, estado de Minas Gerais, em 28 de dezembro de 1886. Veio para São Paulo em 1920, radicando-se na capital, exercendo a função de representante da indústria de tecidos de propriedade de Benjamim Guimarães.


António José de Freitas é 3º homem sentado, da esquerda para a direita, de
paletó branco
Loteou e vendeu grande parte da hoje progressiva cidade de Mogi das Cruzes. Em 1921, começou a trabalhar como subdelegado da Central da Polícia, cargo que exerceu apenas como hobby, e como tal, com grande dedicação, apesar de não receber honorários. Participou da Revolução Constitucionalista de 1932, como polícia civil. Recebeu a patente de Capitão da Guarda Nacional, assinada pelo então presidente Wenceslau Brás.


António José de Freitas e sua esposa,
D. Arminda Guimarães Freitas, em 1952

Foi condecorado com a medalha "Imperatriz Leopoldina", concedida pelo Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Honraria criada em 1954, durante as comemorações do IV Centenário da cidade, os restos mortais da Imperatriz Dona Maria Leopoldina foram trazidos do Rio de Janeiro para o Monumento do Ipiranga. Na ocasião o Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo mandou cunhar uma medalha para agraciar aqueles que colaboraram com este evento. A prestigiosa medalha foi muito usada por oficiais da Força Pública e da antiga Guarda Civil de São Paulo.
Dedicou grande parte de sua vida ao serviço público e ao bem estar da comunidade, aposentando-se como Diretor da Rádio Patrulha, cargo de confiança que ocupou durante 15 anos. Faleceu em 01 de setembro de 1958.

A Diretora Cultural, Maria dos Anjos Oliveira, a pedido do assessor do vereador Natalini, Sr. Décio Curci, realizou um levantamento histórico no acervo da Biblioteca Portuguesa, relativo a passagem de António José de Freitas pelo Clube Português, como podemos ver nas imagens abaixo.


Maria dos Anjos pesquisa no acervo de fotografias do Clube Português
fotografias referentes a gestão de António José de Freitas

Localizada uma das primeiras fotografias, Freitas juntamente
com sua esposa Arminda aparecem na imagem ao lado de
outros sócios do Clube

Placa comemorativa a presidência de Antônio José de Freitas no Clube
Português
Placa indicativa do período do mandato de Antônio José de Freitas
quando Presidente do Clube Português

Detalhe da Ata de Reunião da Diretoria de 3/9/1958, quando foi
resolvido prestar homenagem póstuma a Antônio José de
Freitas

Detalhe da Ata de Reunião da Diretoria de 17/9/1958, com transcrição da
carta de agradecimentos enviada pela viúva de Antônio José de
Freitas, Sra. Arminda Guimarães de Freitas

Continuação da transcrição da carta da Sra. Arminda Guimarães de Freitas
agradecendo as homenagens prestadas pelo Clube ao seu finado marido,
seguida pelas assinaturas da Diretoria

Ata da Reunião da Diretoria de 14/2/1952, indicando a presidência de
Antônio José de Freitas

Ata da Reunião da Diretoria de 14/2/1952, assinatura da Diretoria do Clube
Português, com destaque para a assinatura do Presidente, Antônio José de Freitas
P.S: TODAS AS FOTOGRAFIAS DESTE ARTIGO PERTENCEM AO ACERVO DA BIBLIOTECA PORTUGUESA DE SÃO PAULO - DEPTO CULTURAL DO CLUBE PORTUGUÊS.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Gabriel Gonzaga emociona plateia na Casa de Portugal

Música, poesia e teatro marcaram a tarde de domingo na Casa de Portugal
Gabriel Gonzaga no auditório da Casa de Portugal

A jornada cultural do dia 8 de dezembro no auditório da Casa de Portugal, iniciou-se com a apresentação do talentosos violonista Gabriel Gonzaga, vindo do Rio de Janeiro especialmente para lançar seu primeiro disco "Acaso".
A diretora cultural da entidade, Maria dos Anjos Oliveira, recebeu o público com a simpatia e alegria costumeira de sempre. Chamou ao palco Gonzaga e afirmou da grande alegria de estar recebendo o músico naquela casa e reafirmou seu compromisso de sempre estar auxiliando jovens talentos.
Gabriel não escondeu sua emoção e contentamento em mostrar para o público paulista seu novo trabalho, aliás ele também é paulista de nascimento. Em arranjos instrumentais para violão solo, o CD "Acaso" propõem um passeio por várias fases da canção brasileira, de 1930 até hoje, e também um resumo musical da trajetória de Gabriel Gonzaga. Explorando o instrumento em seus vários recursos numa seleção de sambas, choros e outros temas populares, o álbum resgata composições menos conhecidos de autores de ontem e de hoje, mas já elevados à categoria de clássicos da nossa música, e também canções inéditas.

O repertório do recital constou das seguintes músicas: Pipa voada (G. Gonzaga), Caco velho (Ary Barroso), O que foi que eu fiz? (Augusto Vasseur), Nova ilusão (José Menezes / Luiz Bittencourt), o inédito Ipanema, choro de Newton Mendonça; do maestro Tom Jobim, um dos compositores preferidos de Gabriel, foram apresentadas Água de beber, Outra vez, Só danço samba e Ela é carioca. Da nova safra da MPB, foram apresentadas Nada por mim (Herbert Vianna / Paula Toller) e Felicidade (Marcelo Jeneci).
A cantora Denise Duran fez uma intervenção especial e cantou acompanhada por Gonzaga os sambas-canções Se é por falta de adeus e Quem foi?, o primeiro de autoria de sua irmã Dolores Duran (1930-1959) e Tom Jobim, e o segundo fruto da parceria de Dolores e do pianista Ribamar.
Gabriel acompanha a cantora Denise Duran
Para terminar, o jovem violonista apresentou Olhos nos olhos (Chico Buarque), Influência do Jazz (Carlos Lyra) e Acaso, música que dá título ao disco, trata-se de uma fantasia composta por Gonzaga em um momento delicado de sua vida.
A plateia ficou embevecida com a beleza do recital. Gabriel é muito talentoso e toca com muita emoção. Uma revelação da música instrumental brasileira. Que venham outras apresentações na capital paulista!
Em seguida, Maria dos Anjos Oliveira anunciou uma surpresa para o público: a abertura dos saraus literários em homenagem a poetiza portuguesa Florbela Espanca, falecida justamente no dia 8 de dezembro de 1930.

Houve a apresentação do monólogo Florbela Espanca - A hora que passa, com direção de Fábio Brandi Torres, pesquisa e atuação de Lorenna Mesquita e dramaturgia de ambos. Ainda no mesmo dia, a atriz apresentou ao público presente o poema inédito Riso Amargo, um dos seis poemas descobertos recentemente e divulgados, no último dia 6, em Lisboa. A apresentação foi acompanhada de fados tocados ao vivo pelo violonista Thomaz Marra.

Lorenna Mesquita e Thomaz Marra
A programação da Semana Florbela Espanca segue diariamente, até sábado, com saraus de poemas e cartas, sempre às 19 horas, no auditório da Casa de Portugal. Lorenna Mesquita é acompanhada por música ao vivo. Todo dia uma nova programação. A entrada é franca.

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Confira mais fotos do evento.



Maria dos Anjos Oliveira abre o recital de violão

Gabriel Gonzaga e Denise Duran

A fadista Ciça Marinho prestigiou o evento. Aqui com Gonzaga

Gabriel autografa seu Cd's

Público

Lorenna Mesquita e Thomaz Marra

A atriz Lorenna Mesquita, que interpreta Florbela Espanca, e Maria dos
Anjos Oliveira

Florbela Espanca recebe semana de homenagens na Casa de Portugal

A atriz Lorenna Mesquita e o violonista Thomaz durante a abertura
da Semana Florbela Espanca
​A poeta portuguesa Florbela Espanca será homenageada durante toda a semana do dia 8 a 14 de dezembro, com saraus diários, às 19h, na Casa de Portugal. Na abertura do evento, no domingo, houve a apresentação do monólogo Florbela Espanca - A hora que passa, com direção de Fábio Brandi Torres, pesquisa e atuação de Lorenna Mesquita e dramaturgia de ambos. Ainda no mesmo dia, a atriz apresentou ao público presente o poema inédito Riso Amargo, um dos seis poemas descobertos recentemente e divulgados, no último dia 6, em Lisboa. A apresentação foi acompanhada de fados tocados ao vivo pelo violonista Thomaz Marra.
A programação da Semana Florbela Espanca segue diariamente, até sábado, com Saraus de poemas e cartas, sempre acompanhados por música ao vivo. Todo dia uma nova programação. A entrada é franca.
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O Espaço
A Casa de Portugal é um centro de tradição e preservação dos valores histórico-culturais dos portugueses e luso-brasileiros em São Paulo. E sua estrutura é cenário ideal para a realização desta homenagem a Florbela Espanca, a começar pela grande entrada do prédio, de arquitetura belíssima, que reflete o ideal de receber muito bem todos que ali adentram. "Temos o prazer de receber a comunidade portuguesa e todos os apreciadores de teatro, música e poesia", afirma Maria dos Anjos Oliveira, diretora cultural da Casa.
A atriz Lorenna Mesquita, a diretora cultural da Casa de Portugal, Maria dos
Anjos Oliveira e o violonista Thomaz
 ​O Projeto
​Lorenna Mesquita, à frente da Srta.Lô Produções, que idealizou do evento, explica que a escolha da data não é por acaso: dia 8 é aniversário de vida (1894) e de morte da poeta, que cometeu suicídio, em 1930. "Ela era intensa demais, não cabia nela mesma. Estava à frente do seu tempo. Não conseguia dormir, tinha a saúde frágil e uma angústia imensa por não receber da vida o que mais queria: amor. E foi exatamente a sua vida que ela transferiu para os poemas, contos e cartas, onde apresentou seus mais íntimos desejos", diz.
A atriz comenta que a realização da Semana Florbela Espanca é parte de um grande projeto concebido para divulgar a poeta portuguesa, que ainda não é tão conhecida como o seu conterrâneo Fernando Pessoa. Apaixonada pelos textos "florbelianos", Lorenna pesquisa sobre a vida e obra da poeta há quase três anos, inclusive esteve em Portugal, no início deste ano, para visitar as principais cidades em que Florbela viveu: Vila Viçosa, Évora e Matosinhos, além de Lisboa e Porto. "Eu precisava beber na fonte. Conhecer de perto a terra de Florbela Espanca para ter uma pesquisa mais consistente", conta a atriz que conheceu praças com os bustos em homenagem à poeta, o cemitério onde está enterrada e conseguiu entrar na casa onde Florbela viveu, em Matosinhos, que se encontrava em estado lastimável. A viagem rendeu um vídeo-diário e um documentário que serão lançados em breve.
 ​Semana Virtual
​A Semana Florbela Espanca acontecerá simultaneamente nas redes sociais. A Srta.Lô Produções criou no Facebook a página Florbela Espanca - Poeta e o perfil no twitter @belinhaespanca para divulgar pensamentos de Florbela. Durante o evento, esses canais ganham programação especial. A cada dia serão postados audio-poesias, video-poesias, video-leitura de cartas, além de poemas escritos, produzidos pela Srta.Lô especialmente para a Semana. Também de 8 a 14/12, sempre a partir das 2h da manhã, hora de nascimento e de morte de Florbela Espanca.
​ Serviço
 Semana Florbela Espanca
 De 8 a 14/12, diariamente, às 19 horas.
 Casa de Portugal - Avenida da Liberdade, 602 (metrô Liberdade - linha azul).
 Telefones: 3273.5555
 Entrada franca.
 Duração: 60 minutos
 Idade Recomendada: 14 anos
 ​Contatos:
 Produção: Lorenna Mesquita
 E-mail: lorennamesquita@gmail.com


A atriz Lorenna Mesquita e a diretora cultural da Casa de Portugal, Maria dos
Anjos Oliveira 

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Lançamento Revista Arganilia em Homenagem a João Alves das Neves



Quando se relembrarem 2 anos após o desaparecimento físico do Professor João Alves das Neves, a aldeia do Pisão (Coja) assistirá ao lançamento daquela que será a sua obra mais emblemática: a Revista Cultural da Beira Serra - ARGANILIA.
No dia 12 de Janeiro de 2014 e pelas 15 horas será feita a memória de João Alves das Neves com uma romagem ao cemitério de Coja, seguindo-se meia hora mais tarde e na extinta escola primária do Pisão a apresentação do nº26 da revista ARGANILIA, agora dirigida por Nuno Mata.
Depois de tantos números em que João Alves das Neves homenageou e enalteceu figuras da região, o vice-director da revista e a família do homenageado decidiram dedicar-lhe esta edição que conta com depoimentos de Portugal e do Brasil, para além de artigos acerca de temáticas tão apreciadas pelo fundador da revista e por todos quantos a seguem há 22 anos.
Os textos de Alexandre Cerejeira, António Lambertini, António Lopes Machado, Beatriz Alcântara, Carlos Francisco Moura, Dalila Teles Veras, Francisco Seixas da Costa, Idalina da Conceição Gomes, Isabel Murteira França, Ives Gandra da Silva Martins, José C. da Silva, José Dias Coimbra, Lina Alves Madeira, Maria Beatriz Rocha-Trindade, Nuno Mata, Paulo Veiga, Raul Francisco Moura, Regina Anacleto, Rui Fernão Mota e Costa, Teresa Rita Lopes e Tereza Cristina Vitali enriquecem as 198 páginas deste número, onde consta uma interessante fotobiografia do autor e outras curiosidades.
João Alves das Neves dedicou quase toda a sua vida à cultura, nomeadamente à lusofonia, com particular destaque para as relações Luso-Brasileiras, a cultura e identidade da Beira Serra e o estudo de Fernando Pessoa. Foi colaborador de diversas publicações, inscrevendo o seu nome em dezenas de títulos, professor universitário e redator no prestigiado jornal Estado de S. Paulo, para além de outras valências em outros tantos desempenhos.
Será, julgamos, um precioso momento de recordação de um dos grandes vultos intelectuais da Beira Serra, mas também o cimentar do projecto ARGANILIA que teima em permanecer vivo.

O evento conta com a colaboração da Comissão de Melhoramentos e Beneficência do Pisão que quis associar-se a tão sentida data.