segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Gabriel Gonzaga emociona plateia na Casa de Portugal

Música, poesia e teatro marcaram a tarde de domingo na Casa de Portugal
Gabriel Gonzaga no auditório da Casa de Portugal

A jornada cultural do dia 8 de dezembro no auditório da Casa de Portugal, iniciou-se com a apresentação do talentosos violonista Gabriel Gonzaga, vindo do Rio de Janeiro especialmente para lançar seu primeiro disco "Acaso".
A diretora cultural da entidade, Maria dos Anjos Oliveira, recebeu o público com a simpatia e alegria costumeira de sempre. Chamou ao palco Gonzaga e afirmou da grande alegria de estar recebendo o músico naquela casa e reafirmou seu compromisso de sempre estar auxiliando jovens talentos.
Gabriel não escondeu sua emoção e contentamento em mostrar para o público paulista seu novo trabalho, aliás ele também é paulista de nascimento. Em arranjos instrumentais para violão solo, o CD "Acaso" propõem um passeio por várias fases da canção brasileira, de 1930 até hoje, e também um resumo musical da trajetória de Gabriel Gonzaga. Explorando o instrumento em seus vários recursos numa seleção de sambas, choros e outros temas populares, o álbum resgata composições menos conhecidos de autores de ontem e de hoje, mas já elevados à categoria de clássicos da nossa música, e também canções inéditas.

O repertório do recital constou das seguintes músicas: Pipa voada (G. Gonzaga), Caco velho (Ary Barroso), O que foi que eu fiz? (Augusto Vasseur), Nova ilusão (José Menezes / Luiz Bittencourt), o inédito Ipanema, choro de Newton Mendonça; do maestro Tom Jobim, um dos compositores preferidos de Gabriel, foram apresentadas Água de beber, Outra vez, Só danço samba e Ela é carioca. Da nova safra da MPB, foram apresentadas Nada por mim (Herbert Vianna / Paula Toller) e Felicidade (Marcelo Jeneci).
A cantora Denise Duran fez uma intervenção especial e cantou acompanhada por Gonzaga os sambas-canções Se é por falta de adeus e Quem foi?, o primeiro de autoria de sua irmã Dolores Duran (1930-1959) e Tom Jobim, e o segundo fruto da parceria de Dolores e do pianista Ribamar.
Gabriel acompanha a cantora Denise Duran
Para terminar, o jovem violonista apresentou Olhos nos olhos (Chico Buarque), Influência do Jazz (Carlos Lyra) e Acaso, música que dá título ao disco, trata-se de uma fantasia composta por Gonzaga em um momento delicado de sua vida.
A plateia ficou embevecida com a beleza do recital. Gabriel é muito talentoso e toca com muita emoção. Uma revelação da música instrumental brasileira. Que venham outras apresentações na capital paulista!
Em seguida, Maria dos Anjos Oliveira anunciou uma surpresa para o público: a abertura dos saraus literários em homenagem a poetiza portuguesa Florbela Espanca, falecida justamente no dia 8 de dezembro de 1930.

Houve a apresentação do monólogo Florbela Espanca - A hora que passa, com direção de Fábio Brandi Torres, pesquisa e atuação de Lorenna Mesquita e dramaturgia de ambos. Ainda no mesmo dia, a atriz apresentou ao público presente o poema inédito Riso Amargo, um dos seis poemas descobertos recentemente e divulgados, no último dia 6, em Lisboa. A apresentação foi acompanhada de fados tocados ao vivo pelo violonista Thomaz Marra.

Lorenna Mesquita e Thomaz Marra
A programação da Semana Florbela Espanca segue diariamente, até sábado, com saraus de poemas e cartas, sempre às 19 horas, no auditório da Casa de Portugal. Lorenna Mesquita é acompanhada por música ao vivo. Todo dia uma nova programação. A entrada é franca.

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Confira mais fotos do evento.



Maria dos Anjos Oliveira abre o recital de violão

Gabriel Gonzaga e Denise Duran

A fadista Ciça Marinho prestigiou o evento. Aqui com Gonzaga

Gabriel autografa seu Cd's

Público

Lorenna Mesquita e Thomaz Marra

A atriz Lorenna Mesquita, que interpreta Florbela Espanca, e Maria dos
Anjos Oliveira

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