Site oficial do Departamento Cultural do Clube Português - Centro de Estudos Luís de Camões e da Biblioteca Portuguesa. R. Turiassú, 59 - Tel: (11) 3663-5953 - biblioteca@clubeportuguessp.com.br
terça-feira, 27 de agosto de 2013
Dicas de como chegar no Clube Português utilizando o transporte público
Atendendo ao pedido do público que irá participar da 1a. Feira Literária e Musical, publicamos dicas de como chegar ao Clube Português utilizando o transporte público.
O Clube fica entre as estações de metrô Palmeiras-Barra Funda e Marechal Deodoro.
As linhas de ônibus que passam próximas a entidade são:
177P/10 - Casa Verde / Metrô Butantã
175P/10 - Metrô Santana / Ana Rosa
875A/10 - Aeroporto / Perdizes (via Aratãns) - circular
917M/10 - Morro Grande / Metrô Ana Rosa
975A/10 - Vila Brasilândia / Metrô Ana Rosa
Sendo que, o ponto de parada para quem vem sentido bairro (região da Av. Paulista)-centro é na Rua Turiassú, 99. E para quem segue sentido bairro (zona norte)-centro deve saltar na Rua Cardoso de Almeida, 202.
Ainda existe a opção do corredor de ônibus Pirituba-centro, descer no Viaduto General Olimpio da Silveira, 501 - referência Av. Pacaembu / Rua Tupi.
Acima é possível consultar o mapa das imediações.
Prof. José de Almeida Amaral Júniorfala sobre a 1a. Feira Literária e Musical
Saudações
cordiais a todos,
Creio que
participar de uma feira literária propicia grande prazer para qualquer
visitante. Livros, no meu entender, são objetos especiais. E, ainda mais se,
como é o caso, organizada por uma lendária entidade, tal qual o Clube
Português, de tanta tradição na cidade de São Paulo, fundado que foi em 1920.
Naquela
época, a Pauliceia abrigava pouco mais de 579 mil habitantes, metade da então
capital federal, o Rio de Janeiro. Calcula-se que pouco mais de 167 mil
portugueses habitavam as Terras de Piratininga no período. São,
portanto, 93 anos de existência e muita história sendo testemunhada em meio às
transformações desta metrópole. Sem contar as contribuições oferecidas, tecendo
sempre a união entre os dois povos irmãos. Entre estas contribuições, destaco a
constituição do acervo de sua biblioteca.
Assim,
estar no Clube Português em ocasião festiva como a que presenciamos hoje é, sem
dúvida, uma dupla satisfação pessoal: isto porque participo como descendente
direto que sou de lusos da região de Beira Alta e também porque apresento-me
como autor convidado, tendo acabado de lançar uma obra pioneira intitulada
"Chorando na Garoa - Memórias Musicais de São Paulo", que discorre
sobre a vida de chorões e seresteiros locais e tem sido muito bem recebida pelos
leitores, inclusive sendo agraciado com uma composição inédita feita pelo
"grão-mestre" dos chorões, Izaías do Bandolim.
Em síntese: são momentos de rara
satisfação. E com toda certeza, este encontro de literatos e musicistas só terá
a abrilhantar mais as comemorações da ilustre casa, fatalmente resultando em
enorme sucesso.
Obrigado
pela oportunidade.
Prof. José de Almeida Amaral Júnior
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
Programação da 1ª Feira Literária e Musical do Clube Português – tema música popular
Ocorre em 1º de
setembro, a 1ª. Feira Literária e Musical, com apresentações culturais de
escritores e músicos. Uma realização do Depto. Cultural do Clube Português.
A feira procura
promover a importância da literatura e da música como ferramentas para se
incentivar a cultura no país, e também, o intercâmbio entre autores e músicos.
O evento conta ainda
com o apoio da Ordem dos Músicos do Brasil – seção São Paulo.
A entrada é franca e a
classificação é livre.
Confira a programação.
Estarão presente os escritores:
Ayrton Mugnani Jr. - jornalista, compositor, tradutor, pesquisador de música popular, escritor, radialista e até humorista. Colaborador de publicações como Dynamite, Cães & Cia., Superinteressante, Poeira Zine, 20/20 Brasil e virtuais como Senhor F, Burburinho, Yahoo Brasil e Garage Hangover. Autor de livros sobre Adoniran Barbosa, Roberto Carlos, Rita Lee, John Lennon, Chiquinha Gonzaga, Raul Seixas, o grupo Queen e outros, além da primeira enciclopédia sobre música sertaneja e da primeira grande pesquisa mundial sobre música e circo, para o Centro de Memória do Circo.
Diego Nunes - formado pela Universidade Metodista de São Paulo - UMESP, e desenvolve pesquisas sobre a cultura popular brasileira. Trabalha no departamento de arquivo da TV Record e é membro da diretoria da Pró-TV (Associação dos Pioneiros, Profissionais e Incentivadores da Televisão Brasileira). Já defendeu suas pesquisas em diversos congressos e colaborou com autores para diversas publicações, inclusive no exterior. Em 2012 lançou seu primeiro livro, "Salomé Parísio, o Rouxinol do Norte", escrito em parceria com Thais Matarazzo e Fábio Siqueira. Atualmente, pesquisa as adaptações cinematográficas de histórias em quadrinhos.
José de Almeida Amaral Júnior - professor universitário em Ciências Sociais; Economista, pós-graduado em Sociologia e mestre em Políticas de Educação; Colunista do Jornal Mundo Lusíada On Line, do Jornal Cantareira e da Rádio 9 de Julho AM 1600 Khz de São Paulo. Autor do livro "Chorando na Garoa: Memórias Musicais de São Paulo", 2013.
Norma Hauer - Pesquisadora. Escritora. Formada em odontologia. Nascida em Curitiba, mudou-se para o Rio de Janeiro em 1927 indo residir no Bairro de Santa Tereza. A partir da década de 1990 mudou-se para a Tijuca. É autora dos livros "Carlos Galhardo: uma voz que é um poema" e "Nas ondas da Mayrink".
Patrícia Rodrigues - jornalista, historiadora, pesquisadora musical e escritora. Trabalhou no departamento de jornalismo das Rádios Manchete e Viva Rio. Desde 1996, dedica-se à história do rádio e da música. Colabora com a Rádio Nacional do Rio de Janeiro, escrevendo programas sobre a vida e a obra de artistas da MPB que fizeram carreira no rádio, e também com a SBACEM (Sociedade Brasileira de Autores, compositores e escritores de música), onde, entre outras atividades, foi responsável pela recuperação do acervo do compositor Adelino Moreira. É autora do livro Adelaide Chiozzo - O Acordeom e o Beijinho doce, que faz parte da Coleção Aplauso, da Imprensa Oficial de São Paulo.
O livro
“Rosário da Saudade e outras histórias de Juquery – Mairiporã”, escrito pelo
bibliotecário e memorialista Pedro Thomaz Pereira, é uma coletânea de crônicas
e reportagens históricas publicadas em vários jornais da região do Vale do
Juquery - Atibaia, Mairiporã, Caieiras, entre outras, ao longo destes anos de 1.967 a 2.012. O
pesquisador trabalhou muitos anos como professor e bibliotecário na Escola
Estadual Hermelina de Albuquerque Passarella, no centro da cidade de
Mairiporã-SP. Em 1.992 criou o projeto “HISTÓRIA VIVA” que visava resgatar os
400 anos de História da região Juntamente com seus alunos, não só organizava
encontros com pessoas com mais de 50 anos, testemunhas oculares da História
para falar de suas vidas, de sua cidade, de suas saudades, para relatos sobre episódios,
e eventos do passado, como também criou o slogan “Revirando o baú da vovó”
incentivando as crianças e os jovens a visitarem seus avós e trazerem para a
escola fotos, documentos e jornais antigos para montar uma exposição sobre a
Memória da Região Juqueryorana.
Thais Matarazzo - jornalista, pesquisadora musical, palestrante e escritora. É autora do
blog thmatarazzo.bloguepessoal.com. Autora dos livros "Irene Coelho, uma brasileira de coração português", "Salomé Parísio - O Rouxinol do Norte" (parceria), "A Dinastia do Rádio Paulista" (parceria com Valdir Comegno) e "A Música Popular no Rádio Paulista, 1928-1960".
***
Prof. Roberto
Bueno
- Autor de 18 livros com tiragem esgotada, sendo o ultimo livro Música Arte Profissão. Diplomado pelo
Conservatório Musical Alberto Nepomuceno. Professor pela The American Accordionists
Association of New York e pela União Brasileira de Acordeonistas “Professor A.
Franceschini”. Leciona Melodia, Harmonia e Bateria para o curso técnico de
jurados Grupo Especial Grupo de Acesso da Liga União das Escolas de Samba de
São Paulo. Membro do Conselho Estadual de Música da Comissão do Governo do
Estado de São Paulo - Secretaria da Cultura.
Ciça Marinho - cantora e compositora. Ciça Marinho se considera, musicalmente, brasileira e portuguesa. Filha de portugueses, Ciça nasceu em São Paulo e sempre perseguiu a ideia da união musical entre as terras irmãs. Com 15 anos de carreira, estudou piano e canto, inclusive com a cantora lírica Maude Salazar. Tem três discos e um DVD, “Ciça Marinho Ao Vivo” (2006), “Minhas Raízes” (2008) e, o mais recente, lançado em agosto de 2012 “Além mar, além de mim”, com participação especial do fadista português Jorge Fernando e do acordeonista Oswaldinho do Acordeon.
Gabriel Gonzaga - músico, compositor, arranjador e pesquisador. Formado em Contrabaixo Acústico pelo Conservatório Villa Lobos/RJ e violonista autodidata. Aos 18 anos, conquista o 2º lugar no "Festival Instrumental para Viola, Violão e Guitarra", realizado em Campinas/SP, passando então a dedicar-se integralmente à música. Já atuou em shows e gravações com diversos cantores e bandas, em São Paulo e Rio de Janeiro, produção musical de peças teatrais e, recentemente, lançou seu primeiro disco, um EP chamado "Acaso" coma arranjos para violão solo.
Helena Cristina Costa Cabral - professora de música, publicitária, musicista, compositora de músicas infantis, tendo editado pela Editora Criança Feliz Ltda. - Calendário Criança Feliz / Contos e Cantos e, atualmente, autora do CD Cantar é Brincadeira da coleção Minhas Aprendizagens pela Editora Suplegraf Ltda.
Mário Albanese - músico por definição e berço, advogado, professor, jornalista, comunicador de rádio e televisão, compositor. Em 1965, lançou com Cyro Pereira o Jequibau que, inserido em métodos de ensino e vencedor de concursos internacionais, foi festejado pela crítica nacional e internacional. Na avaliação do crítico e autor da Enciclopédia de Jazz, Leonard Feather, para a Revista Billboard dos Estados Unidos, “este novo e excitante ritmo do Brasil, jequibau, é um 5/4 que revela, com incrível simplicidade e charme, um novo entendimento métrico desse compasso”. É presidente da CIPA, da CETESB, onde trabalha como jornalista. Da Câmara Municipal de São Paulo recebeu a "Medalha Anchieta e o Diploma de Gratidão da Cidade" pelos relevantes serviços prestados à cidade.
Silvio Santisteban e João Tomás Amaral |
O amigo Mário Albanese trará convidados especiais: Silvio Santisteban - Instrumentista (violonista). Compositor. Professor. Participou de vários programas infantis de televisão. Formou-se com Isaías Savio no curso Superior de Violão da Faculdade de Música Santa Marcelina, onde também se graduou em Educação Musical e Artística; e o professor universitário e radialista João Tomás Amaral, que apresenta todos os sábados o "Chorinho Brasil", na Rádio Boa Nova AM.
Bonfim - violonista. Professor formado pelo Conservatório Musical Heitor Villa Lobos. Com um repertório que inclui músicas clássicas, populares e folclóricas, Bonfim agrada as mais exigentes platéias. Atua constantemente com os maiores nomes da música popular brasileira, portuguesa e italiana, sem jamais perder sua marcante personalidade como solista. Com sua visão inovadora, juntamente com Silvio Santisteban, é um fiel propagador do "Jequibau", criado por Mário Albanese e Ciro Pereira. Bonfim forma com o conhecido humorista Ary Toledo, dupla de violão e bandolim, em shows no teatro e também na televisão.
Raimundo José - cantor. Nascido em Belo Horizonte-MG. Gravou em 1977 seu maior sucesso, Santo Forte, que vendeu 500 mil cópias. Ao longo de sua carreira, gravou 12 LP’s, com os quais ganhou três discos de ouro e vários troféus. Com muita repercussão, participou de muitos programas de televisão e fez muitas amizades no meio da música. Atualmente reside na cidade de São Paulo.
Ribas Martins - multinstrumentista,
compositor, jornalista e editor da Revista
Músico!
Pedro
Junior - cantor, violonista e compositor. Iniciou sua carreira aos 10 anos,
quando ganhou seu primeiro violão. Aos 12, participou pela antiga Rádio
Cidade do concurso "Novo Vocalista do Trem da Alegria" e foi selecionado entre os doze melhores cantores. Aos 17, estudou violão popular na ULM-USP (Universidade
Livre de Música Tom Jobim) e atualmente, faz aulas de canto no Instituto
Musical Moriconi. Dividiu o palco com músicos como: Jack Ribas, Filó Machado, Luciana Mello, Zé Geraldo, Duda Neves,
entre
outros.
Walter Manna - diretor, produtor e apresentador do programa “Solo Tango”, da Rádio Trianon AM. Manna comemora dentro da Feira Literária e Musical os quatro anos de existência do seu programa. Trará, para brindar o público, os seguintes convidados: Che Bandoneon, músicos cantores e dançarinos; Pedro Henrique Calhão - pianista; Luciana Mayumi e Marcos Kina com grupo de dança; Daniel e Anelise. Cinha & Mirian. Lindy Hop; e os cantores: Roberto Luna, Raul Bordale, Victor Saeta e Maurício Franchi
Benedito Clementino da Silva - é um músico que cada vez
mais se afirma como violonista. Em 2013 lançou oficialmente o seu primeiro CD “Canções
para ouvir e sonhar” em carreira solo. É amigo e parceiro do Francisco Araujo,
um dos grandes violonistas do Brasil. No anfiteatro da biblioteca Monteiro
Lobato já fizeram em 2004 o show intitulado “Violões cantantes”. Clementino tem
se apresentado em vários canais de televisão de São Paulo e grande São Paulo.
<< Programação sujeita a alterações >>
Padrinhos da 1a. Feira Literária e Musical do Clube Português
O Depto. Cultural do Clube Português, na pessoa de sua diretora, a artista Maria dos Anjos Oliveira, convidou o professor Roberto Bueno, presidente da OMB/CRESP, e o músico e advogado, Mário Albanese, um dos diretores do IHGSP, para padrinhos da 1a. Feira Literária e Musical do Clube.
Na oportunidade, o prof. Roberto Bueno entregará ao presidente do Clube, Dr. Rui Mota e Costa, e a diretora cultura, Maria dos Anjos, os diplomas de "Honra ao Mérito Cultural" pelos trabalhos em prol da cultura e dos 93 anos de existência da entidade luso-brasileira.
Prof. Roberto Bueno |
Mário Albanese |
Silvia Marques, colaboradora do Depto Cultural do Clube Português
A bibliotecária Silvia Marques, colaboradora do Depto Cultural do Clube Português e da Biblioteca Portuguesa de São Paulo, é o destaque do jornal da Fundação Padre Anchieta, onde trabalha.
quarta-feira, 21 de agosto de 2013
Dica cultural: Exposição coletiva de artistas na Anjos Art Gallery - 31 de agosto
O Depto. Cultural do Clube Português recomenda a Exposição Coletiva de Artistas Plásticos da Anjos Art Gallery.
A exposição, com curadoria de Maria dos Anjos Oliveira, traz obras de Jurandir de Freitas Jr., Norma Amaral, Salete Venzon, Mirthes Bernardes, Hory Gomes, Sérgio Green, Jane Hilda Badaró, Olivia Rosa Carnevale, Helena Aico, Carlos Segre, Ivete Canovas, T. Machado, Dalila Nascimento e Therezinha F. Lorenzi.
A visitação acontece de 1º a 15 de setembro, das 10h às 19h.
A curadora ressalta: "Divulgar e promover a arte brasileira através das artistas aqui residentes é o nosso maior objetivo".
*****************
Serviço
Exposição coletiva de artistas na Anjos Art Gallery
Espaço Paulista de Artes
Visitação: 1º a 15 de setembro de 2013
Horário: 10h às 19h.
Rua Francisco Leitão, 190 - Pinheiros
3872-7232
terça-feira, 20 de agosto de 2013
Ato Solene “Homenagem às Personalidades das Comunidades” 2013
No próximo dia 27 de agosto de 2013, às 19 horas, no Auditório André Franco Montoro da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, o CONSCRE – Conselho Estadual Parlamentar das Comunidades de Raízes e Culturas Estrangeiras, na pessoa de seu presidente, Sérgio Serber, num evento convocado pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, prestará uma homenagem às pessoas que, por indicação de suas comunidades, tenham se destacado no ano de 2012.
O evento, um dos mais tradicionais do nosso Conselho e que se realiza desde 2007, neste ano contará com a participação de várias comunidades, dentre elas, a alemã, árabe, a grega, a espanhola, a italiana, a japonesa, a judaica, a russa, a paraguaia, a peruana, a portuguesa, a coreana e a boliviana.
Este ano, o homenageado da Comunidade Portuguesa é o Sr. TEODORO HENRIQUE DA SILVA.
Após o Ato Solene, por volta das 21 horas, recepcionaremos os convidados no Hall Monumental da Assembleia Legislativa, com apresentações de canto e dança e degustação de comidas e bebidas típicas, tudo em ilhas gastronômicas muito animadas, organizadas e oferecidas pelas comunidades.
Esperamos sua comunidade lá!
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Maria dos Anjos Oliveira
Diretora Cultural
Diretora Cultural
quinta-feira, 15 de agosto de 2013
Projeto "Sempre um papo" com Francisco Azevedo e Gonçalo M. Tavares no Sesc Vila Mariana
O 'Sempre Um Papo' recebe em São Paulo o escritor Francisco Azevedo para debate e lançamento de seus livros 'O Arroz de Palma' (Ed. Record) e 'Doce Gabito' (Ed. Record). O evento ocorre no dia 15 de agosto, quinta-feira, às 20h, no Sesc Vila Mariana, com entrada gratuita.
O Arroz de Palma
O Arroz de Palma
Primeiro romance a tratar da imigração portuguesa para o Brasil no século XX, O Arroz de Palma narra a saga de uma família em busca de um futuro melhor, superando diversas dificuldades. Nos cem anos em que acompanhamos suas vidas, irmãos brigam e fazem as pazes. Uns casam e são felizes, outros se separam. Os filhos ora preocupam, ora dão satisfação. Tudo sempre acompanhado pelo arroz jogado no casamento dos patriarcas, José Custódio e Maria Romana, em 1908. Grão que serve de fio condutor desta história, como migalhas de pão jogadas no labirinto da memória.
'O Arroz de Palma' é um romance delicado, que emociona e comove. Com um certo ar de Isabel Allende, a trama tem um forte componente sentimental. Uma nostalgia por um tempo em que a família abrigava as pessoas. Um ideal que, portugueses ou não, todos herdamos.
Doce Gabito
'O Arroz de Palma' é um romance delicado, que emociona e comove. Com um certo ar de Isabel Allende, a trama tem um forte componente sentimental. Uma nostalgia por um tempo em que a família abrigava as pessoas. Um ideal que, portugueses ou não, todos herdamos.
Doce Gabito
Em 'Doce Gabito', Francisco Azevedo cria uma trama delicada, que envolve e, antes de mais nada, comove. Um romance mágico, mas extremamente enraizado na história recente do Brasil. Aqui, ele conta a fantástica história de Gabriela Garcia Marques, uma mulher imaginativa e sonhadora que luta para não se deixar abater pelas adversidades de seu tortuoso destino: A morte dos pais e do avô Gregório quando ainda era menina. A difícil convivência com sua tia Letícia, dona de um prostíbulo no bairro da Glória. A atribulada adolescência.
A camaradagem com as “meninas” do casarão. A paixão de José Aureliano. A dolorosa perda de Florentino, seu grande amor. A amizade de Verônica. E, é claro, a presença constante de um simpático senhor de fartos bigodes que cedo ela descobre ser o renomado escritor colombiano Gabriel García Márquez, cujo apelido é Gabito. Pura ficção? Não importa. Esta é uma bela e comovente história escrita com o pulsar do coração de uma personagem que, de início, assume “não se livrar do hábito de colecionar felicidade e imaginar utopias que lhe parecem perfeitamente realizáveis.”
Francisco José Alonso Vellozo nasceu no Rio de Janeiro em 1951, é dramaturgo, roteirista cinematográfico, poeta e ex-diplomata. Começou a se dedicar à literatura em 1967, quando venceu concurso promovido pela Organização dos Estados Americanos (OEA). Além de livros e peças de teatro encenadas no Brasil e no exterior, Francisco Azevedo já escreveu para mais de 250 produções, incluindo roteiros de longa e curta-metragem, documentários e multimídias premiados e comerciais de televisão.
***
Ainda este mês, o Sempre Um Papo receberá o premiadíssimo autor português Gonçalo M. Tavares, no debate e lançamento do livro "Canções Mexicanas".
Local: Sesc Vila Mariana - Rua Pelotas, 141 - Vila Mariana
Informações: (11) 5080-3000 – www.sempreumpapo.com.br
ESTACIONAMENTO: - Veículos, motos e bicicletas - Terça a sexta, das 7h às 21h30; Sábado, domingo, feriado, das 9h às 18h30 – Taxas: R$3,00 a primeira hora e R$ 1,00 por hora adicional (matriculados); R$6,00 a primeira hora e R$ 2,00 por hora adicional (não-matriculados). Informações sobre outras programações ligue 0800 118220 ou consulte o site: www.sescsp.org.br
terça-feira, 6 de agosto de 2013
Festejos do São João de 1923
Organizados
pelo Clube Português com danças de roda, cantigas, guitarradas, descantes,
bailados e desafios com os grupos do Minho e de Coimbra (trincanas e estudantes), os festejos do São João ocorreram na noite de 23 junho de 1923, no Jardim da Aclimação (hoje Parque da Aclimação).
Formaram-se dois grupos: os
minhotos apresentaram as seguintes canções populares: A moda da Rita, As alcachofras, O ribeirinho, As fogueiras, A rolinha e
Amor saloio. Os
coimbrenses interpretaram: Apanhar o
trevo, Os serranos, Alvoradas, Viras tu Viro eu, O balance e A chula.
Antes
da festa começar, o bibliotecário e diretor cultural da entidade, Antônio D’Almeida
D’Eça recitou “Reinações na noite de S. João”, não encontramos referências ao autor:
Ao
bater das vinte e meia
(Pra
que a moderna se diga)
No
ar estoiram as bombas,
Rebenta,
em baixo, a bexiga!
O
Zé da Gaita, imponente,
Ao
do bombo faz sinal!
Tudo
bufa; e desses bufos
Sai
o Hino inicial!
Ao
som da banda, que anima
O
recinto da folia,
Entra
em cena a Tia Anica,
O
Manél, Mail – a Maria!
A
Tia vem, já se vê,
Para
maior luzimento,
A
cabeça do cortejo
Repimpada
num jumento!
E
para animar o bicho,
(Criança
a pedir carinhos)
Harmoniza-se as orelhas
O
Zé que toca os ferrinhos!
Sebastião
vem depois
Junto
da cara metade;
Ela
montada; ele a butes,
Para
andar mais à vontade.
E
se o burro, não puder
Com
tamanho contrapeso,
Sebastião
aguentará
Porque
é forte, rijo e teso!
O
Victorino, que é fino,
E
tem dedo pro negócio,
Leva
o Barbosa p’lo braço,
E
vai lhe dizendo: “Ó sócio,
Repara
nesta alegria,
Neste
povo tão bonzinho,
Que
nos vai pagar os bolos
E
engolir o rico vinho!
Mas
haja lume no olho,
Pois
com tanta animação,
Não
faltará quem avance,
Pra
no fim ferrar o cão!”
Logo
depois vêm os “Caixas”
A
rufar com toda a gana
Mostrando
não ser preciso
Que
lhes bufem co’uma cana!
O
Isidro e a Genoveva,
Vem
atrás dando à perna,
E
neste dar tão gaiteiro,
Dão
entrada na taberna.
A
seguir dá-se começo
A
função de dar ao dente;
Os
bolos passam da tenda
Para
a guela da gente.
Das
pipas jorra o verdasco,
Dos
pratos saltam as iscas,
E
nesta grande folgança,
Neste
petisco-petiscas,
Ouvem-se
fora arruídos,
Estalos,
risos, descante:
-
São trincanas que chegam
P’lo
braço dos estudantes;
São
os Maneis e as Marias
Que
do Minho vão mostrar
A
viva graça do povo
Na
arte de bem dançar.
Rapazes
e raparigas,
Na
mais bela animação,
Começam
as desgarradas
Em
honra a S. João.
Desafios,
guitarradas,
Fadinhos,
danças, canções,
Tudo
ali é permitido,
Tudo,
sim, menos pifões!
Nem
pifões, bem bebedeiras,
Nem
graxa, rosca ou cartola!
Porque,
enfim, tudo é tachada,
Tudo
diz: peso na bola!
Quando
muito, é tolerável,
Como
antiga e alegre prática,
Ter
um grãozinho na asa
Ou
dois dedos de gramática!
Por
isso, ninguém suponha
Que
se pode alambazar,
Sem
que ao nosso Regedor
Tenha
contas a prestar!
Vai
ser uma reinação,
Uma
festa por aí fora,
Desde
o princípio da noite
Até
ao romper da aurora.
E
não vai mais pra diante
Porque
a vida são dois dias
E
o canastro, a pedir cama,
Não
vive de romarias!
Na
barraca, a Tia Anica,
Sem
nada mais pra trincar,
Fecha
a porta, apaga a vela,
Ferra
o galho, e entra a nanar!
E
depois de tudo isto
Quem
é que bebe do fino?
Quem
preparou a festança?
Ora
quem?!
A moda da Rita
Seu eu quisera amores
Tinha mais d'um cento,
Bonecos de palha
Olaré!
Cabeças de vento.
Esta foi a moda
Que a Rita cantou:
Lá na Praia Nova
Olaré!
Ninguém lhe ganhou.
Ninguém lhe ganhou,
Ninguém lhe ganhava,
Esta era a moda
Olaré!
Que a Rita cantava.
Se eu quisera amores
Tinha-os às mãos cheias,
Rapazinhos loiros
Olaré!
Que vêm das aldeias.
Esta foi a moda
Que a Rita cantou:
Lá na Praia Nova
Olaré!
Ninguém lhe ganhou.
Ninguém lhe ganhou,
Ninguém lhe ganhava,
Esta era a moda
Olaré!
Que a Rita cantava.
Eu não quero amores,
Quem gosta repete;
Se uma mor se vai
Olaré!
Ficam seis ou sete.
Esta foi a moda
Que a Rita cantou:
Lá na Praia Nova
Olaré!
Ninguém lhe ganhou.
Ninguém lhe ganhou,
Ninguém lhe ganhava,
Esta era a moda
Olaré!
Que a Rita cantava.
Se eu quisera amores
Tinha-os aos punhados,
Mas não quero amores,
Olaré!
Não quero cuidados.
Esta foi a moda
Que a Rita cantou:
Lá na Praia Nova
Olaré!
Ninguém lhe ganhou.
Ninguém lhe ganhou,
Ninguém lhe ganhava,
Esta era a moda
Olaré!
Que a Rita cantava.
Tipos de Coimbra |
Apanhar o trevo
Quem está bem deixa-se estar
E eu não posso estar melhor;
Estou a beira de quem amo,
Não há regalo maior.
Apanhar o trevo,
Ó Maria, não te encolhas.
Apanhar o trevo,
O trevo de quatro folhas.
Nossa Senhora faz meia
Com linha de luz;
O novelo é a lua cheia,
As meias são pra Jesus.
Apanhar o trevo,
O trevo no chão,
Apanhar o trevo
Na manhã de São João.
Amas a Nosso Senhor,
Que morreu por toda a gente;
Só a mim não tens amor,
Que morro por ti somente.
Apanhar o trevo,
O trevo na areia,
Apanhar o trevo
Na noite de lua cheia.
Se queres que te não queira,
Pede a Deus pra que me chame:
Pois nem Deus d'outra maneira
Consegue que eu não te ame.
Apanhar o trevo,
O trevo no cisco
Apanhar o trevo
No dia de São Francisco.
Coimbra, toda em descantes,
É uma guitarra a chorar;
As cordas são as amantes,
O trovador é o luar.
Apanhar o trevo,
Ó Maria, não te encolhas.
Apanhar o trevo,
O trevo das quatro folhas.
***
Todas as cantigas destes festejos foram editadas em um livreto pela secretaria do Clube Português, composto e impresso nas oficinas de Júlio Costa & Cia (sócio fundador da entidade). A venda arrecadada com os livretos foram revertidas em benefício do monumento do Dr. Pereira Barreto e das Caixas Portuguesas de Repartição. Os desenhos do livro são de autoria do artista José Wasth Rodrigues, o mesmo que fez o ex-libris da biblioteca do Clube.
Grupo de Coimbra: cantadeiras e tocadores |
Grupo Minhoto |
Todas as fotos desta postagem pertencem ao acervo da Biblioteca Portuguesa de São Paulo.
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