Por Fernando
Galuppo
Jornalista e
Historiador
Os seres humanos possuem mais
semelhanças que diferenças. Com essa abordagem, chega pela primeira vez no
Brasil o Festival Internacional de Cinema Sem Fronteiras, que acontece nos dias
18 e 19 de fevereiro no Museu da Imagem e do Som (MIS), em São Paulo. O evento exibe filmes capazes de
evidenciar o quanto as pessoas têm em comum ao redor do mundo.
Em geral, a política, a economia, a
religião são fatores que geram desagregação entre as mais diversas culturas. No
entanto, o cinema, através do olhar de seus diretores e atores, têm a
capacidade de contar histórias que são capazes de superar essas barreiras e
diferenças.
Na edição de 2013/2014, o Festival
evidencia o tema dos presidiários e tem como tema: ABRE A PORTA/OPEN THE DOOR,
que traz à vida na prisão através dos olhos dos detentos que falam sobre suas
ansiedades, sentimentos, sonhos e expectativas. Um
dos destaques do festival é o filme italiano “Il Riscatto”, dirigido por
Giovanna Taviani, que tem como protagonista Salvatore Striano. A película conta
a história da redenção de um detento, que se inspira nas obras de Omero, Dante
e Shakespeare para reconstruir a sua vida.
O segundo dia do festival é dedicado ao
tema da guerra e da opressão. O filme em exibição, de direção do italiano Gillo
Pontecorvo é a "A Batalha de Argel". O filme recria o período da
revolução argelina nos anos 50, mostrando o ponto de vista de franceses e
argelinos sobre o processo de independência.
Tradicionalmente, em todos anos, o
festival sempre dedicou uma atenção especial às mulheres e a violência. Com
a projeção ítalo-iraniana “Iran: velada e revelada novamente", dirigido
por Firouzeh Khosrovany, o curta-metragem conta a história de mulheres
iranianas, por meio de material de arquivo da Cinecittà, além de imagens
tiradas do álbum de família do próprio diretor.
Por fim, a seleção Plura+Selection,
criada para estimular os jovens de todo o mundo para lidar com questões como a
integração de projetos de vídeo, identidade, diversidade, direitos humano apresenta
obras da Itália, Austrália e Bélgica.
Além da apresentação dos filmes, o
festival traz também mostra artísticas do design Nido Campolongo, apresentação
de duo de dança e uma área destinada a enogastronomia.